Sbado, 24 de Maio de 2025
Mdicos suos realizaram em outubro de 2015 o primeiro transplante de fgado do mundo entre duas pessoas portadoras do vrus HIV, informa um comunicado publicado em Genebra aps seis meses de observao do paciente. 5o4f4c
O anncio, tambm publicado em um artigo no American Journal of Transplantation, foi feito aps uma operao idntica realizada por mdicos dos Estados Unidos em 15 de maro de 2016, tambm apresentada como uma novidade mundial.
Os Hospitais Universitrios de Genebra (HUG) informam que os seis meses de observao mostraram que no h rejeio do rgo, nem perda de controle do vrus no receptor.
"Este primeiro transplante praticado na Sua, que acaba de ser seguido por outro transplante anlogo nos Estados Unidos, abre perspectivas inditas para as pessoas que vivem com o HIV", destacam os HUG.
Isto significa que os portadores de HIV podem se declarar possveis doadores de rgos, e, ao mesmo tempo, os que esto espera de um rgo tm melhores perspectivas de ser operados.
A lei sua sobre os doadores de rgos autoriza desde 2007 o transplante de rgos entre doadores e receptores soropositivos, mas foram necessrios oito anos para a primeira operao.
"H duas razes: de um lado o desconhecimento por parte de mdicos e pacientes soropositivos deste dispositivo da lei e, de outro, o problema da compatibilidade necessria entre doador e receptor", explicou AFP Nicolas de Saussure, porta-voz dos HUG.
Neste caso, o doador era um homem de 75 anos, que faleceu aps uma hemorragia cerebral. Era soropositivo desde 1989 e havia autorizado a doao de seus rgos.
O receptor foi diagnosticado soropositivo em 1987 e foi informado antes da operao dos possveis riscos adicionais. Ele aceitou os riscos.
Em uma entrevista, o receptor, que sofria uma doena grave do fgado, disse que estava na lista de espera h dois anos e meio.
O transplante foi realizado por uma equipe integrada pela professora Alexandra Valmy, diretora da unidade HIV, o professor Thierry Berney, mdico chefe do servio de transplantes, o professor Christian van Mendel, diretor da unidade de infectologia de transplantes, e o professor Emiliano Giostra, especialista em doenas do fgado.
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