Brasil anula acordo com Paraguai sobre compra de energia em Itaipu - Jornal Cruzeiro do Vale 6f5s1z

Os governos deBrasile Paraguai anularam, nesta quinta (1) a ata de um acordo firmado em maio entre os dois pases para a compra de energia eltrica produzida pela Usina Hidreltrica de Itaipu. Com a medida, as reas tcnicas dos dois pases voltaro a negociar a contratao. 2h12h

O pedido de anulao da ata foi feito pelo governo paraguaio, aps a divulgao das condies do documento, o que desencadeou uma crise poltica no pas vizinho. Autoridades e congressistas afirmaram que o acordo negociado seria prejudicial ao Paraguai e que poderia causar um prejuzo de at US$ 300 milhes.

Aps a do cancelamento do acordo, o novo chanceler paraguaio, Antonio Rivas Palacios, explicou que, em princpio, a reunio estava prevista para ocorrer em Braslia, mas o governo brasileiro concordou em adiantar a anulao da ata.

Mais cedo, o Ministrio das Relaes Exteriores informou que acompanha “com grande ateno” os desdobramentos da crise poltica no Paraguai. “O Brasil acompanha com grande ateno os acontecimentos no Paraguai que envolvem o processo de ‘juzo poltico’ contra o presidente Mario Abdo Bentez”.

O caso, que resultou na renncia do chanceler Luis Castiglioni e do embaixador paraguaio no Brasil Hugo Caballero, aumentou a presso sobre o presidente Mario Abdo Bentez, que corre o risco de sofrer um processo deimpeachment.

“Ao reiterar total respeito ao processo constitucional do Paraguai, o Brasil confia em que o processo seja conduzido sem quebra da ordem democrtica, em respeito aos compromissos assumidos pelo Paraguai no mbito da clusula democrtica do Mercosul – Protocolo de Ushuaia”, afirma ainda a nota doItamaraty.

A polmica envolvendo a ata do acordo, aprovada em maio, tambm causou as demisses do presidente da istrao Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jimnez, e do diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete. As demisses foram anunciadas na ltima segunda(29) pelo porta-voz da presidncia do Paraguai, Hernn Hutteman, que disse terem sido aceitas pelo presidente Mario Abdo Bentez.

Pesou nas demisses a acusao de que a ata do acordo havia sido debatida e aprovada sem a devida transparncia.

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