O abuso de cerveja, vinho e afins no faz bem a ningum — mas, pelo menos quando o assunto diabetes, parece que a ala feminina sofre ainda mais. O alerta veio da Universidade de Ume, na Sucia, onde pesquisadores acompanharam 897 pessoas dos 16 aos 43 anos.
Ao final desse perodo, os voluntrios tiveram a glicemia (acar circulante no sangue) medida e preencheram um questionrio sobre a quantidade de lcool que costumavam tomar. As mesmas perguntas foram respondidas aos 18, 21 e 30 anos.
De modo geral, constatou-se que os homens ingeriam mais bebidas alcolicas e apresentaram uma glicemia maior em comparao s mulheres. No entanto, foi somente nelas que os cientistas notaram a relao entre um consumo alto e uma quantidade maior de acar no sangue aps os 40 anos. Aqui, cabe lembrar que taxas dessa substncia cronicamente elevadas definem a presena do diabetes.
Ainda no se sabe por que o organismo feminino reage de maneira diferente aos drinques. “O etanol, porm, j foi ligado resistncia insulnica em outros trabalhos por favorecer o acmulo de gordura no fgado”, destaca o endocrinologista Joo Eduardo Salles, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Nesse sentido, to importante quanto a moderao nas doses adotar bons hbitos, como seguir uma dieta saudvel e praticar atividade fsica regularmente.
Uma noitada por ms regada a quatro ou mais latinhas de cerveja com 5 a 6% de teor alcolico j extrapolaria o limite mensal observado, que fica na casa dos 48 gramas de etanol segundo o experimento em questo. Mas, de acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS), as pessoas deveriam evitar ingerir mais de 30 gramas de lcool por dia.
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