O sonho partido - Jornal Cruzeiro do Vale 14p41

Lancei um olhar furtivo pela janela
E vislumbrei, entre uma espessa nvoa,
Formas irreconhecveis
Que se moviam de um lado para o outro.

Podia senti-las bem prximas a mim
Porm algo estranho parecia pairar no ar
Tal era a intensidade
Com que olhares penetrantes me fitavam.

No poderia distinguir
Se aquilo que sentia naquele momento
Era temor, medo ou algo parecido,
Pois meu corao batia descomado.

Seres andantes caminhavam serenos
Como que buscando algo
Entre aquela enorme nvoa
Que os encobria.

Tentei buscar com o olhar
Algo que me fizesse compreender
O que acontecia.
No entanto, talvez a suspeita, no lhe permitia.

Compreendi, segundos depois, que sonhava
E no sonho, meu prprio eu que caminhava
Entre nvoas e galhadas
Trilhando algo desconhecido.

Era o sonho partido
De uma noite fria
Que descortinava todo o meu eu
Dentro do meu prprio interior.

61n5s

Edio 1822 1i1a2x

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