Como experimentar Deus hoje - Jornal Cruzeiro do Vale 3s1og

Como experimentar Deus hoje 5a1wf

15/06/2016 332537

Nos dias atuais vivemos tempos to atribulados poliiticamente que acabamos psicologicamente alterados. O no ver caminhos, andar s cegas, ao lu como um barco sem leme, nos tira o brilho da vida. Acabamos esquecendo das coisas essenciais.

ento que nos voltamos para aquela Fonte que sempre alimentou a humanidade, especialmente em tempos sombrios de crise generalizada. Sentimos saudades de Deus. E queremos experiment-lo e senti-lo a partir do corao.

Se olharmos a histria, constatamos que a humanidade sempre se perguntou pela ltima Realidade. Dava-se conta de que no podia saciar sua sede infinita sem encontrar um objeto Infinito adequado sua sede. Nem conseguiria explicar a grandeza do universo e a nossa prpria existncia sem apelar para aquilo que se convencionou chamar de Deus, embora tenha mil outros nomes conforme as diferentes culturas. Hoje, numa linguagem secular, vinda da nova cosmologia, falamos da “Fonte Originria de onde vem todos os seres”.

Apesar desta busca incansvel, todos testemunham: “ningum jamais viu Deus” (1 Jo 4,12). Moiss suplicou ver a glria de Deus. Mas Deus lhe disse: ”No poders ver a minha face porque ningum me pode ver e permanecer vivo”(Ex 33, 20). Se no podemos v-lo, poderemos identificar sinais de sua presena. Basta prestar ateno e abrirmo-nos sensibilidade do corao.

Impressiona o testemunho de um indgena norte-americano Cherokee que conta de algum que buscava desesperadamente Deus mas que no prestava ateno sua presena em tantos sinais. Ele conta:

“Um homem sussurou: Deus, fale comigo! E um rouxinol comeou a trinar. Mas o homem no prestou ateno. Voltou a perguntar: Deus, fale comigo! E um trovo reboou pelo espao. Mas o homem no deu importncia. Perguntou novamente: Deus , deixa-me v-lo! E uma enorme lua brilhou no cu profundo. Mas o homem nem reparou. E, nervoso, comeou a gritar: Deus, mostra-me um milagre! E eis que uma criana nasceu. Mas o homem no se debruou sobre ela para irar o milagre da vida. Desesperado, voltou a gritar: Deus, se voc existe, me toque e me deixa sentir a sua presena, aqui e agora. E uma borboleta pousou, suavemente, em seu ombro. Mas ele, irritado, a afastou com a mo”.
“Desiludido e entre lgrimas, continuou seu caminho. Vagueando sem rumo. Sem nada mais perguntar. S e cheio de medo. Porque no soube ler os sinais da presena de Deus”.

A consequncia dessa desateno, produziu desespero, solido e a perda de enraizamento. O oposto crena em Deus no o ateismo. Mas a sensao de solido e de desamparo existencial. Com Deus tudo se transfigura e se enche de sentido.

Para termos uma verdadeira experincia de Deus precisamos ir alm da razo racional que compreende os fenmenos pela rama, calcula-os, manipula-os e insere-os no jogo dos saberes da objetividade cientfica e tambm dos interesses humanos. Esse esprito de clculo pensa sobre Deus mas no percebe Deus.

Precisamos de outro esprito, aquele que sente Deus: o esprito de finura e de cordialidade, de encantamento e de venerao. a razo cordial ou sensvel. Ela sente Deus a partir do corao.

Deus mais para ser sentido a partir da inteligncia cordial do que para ser pensado a partir da razo intelectual. Ento nos damos conta de que nunca estvamos ss. Uma Presena inefvel, misteriosa e amorosa nos acompanhava.

No ser por isso que nunca acabamos de perguntar por Deus, sculo aps sculo? No ser por isso que sempre arde o nosso corao quando nos entretemos com Ele? No seria o advento d’Ele, do sem Nome e do Mistrio que nos habita?

Estamos seguros que Ele, quando no sentimos mais medo porque estamos na palma de sua mo. Ento experimentamos discreta serenidade e irradiamos vida e bondade.

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Indianara Schmitt

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